COMO AS CRIANÇAS PENSAM O MUNDO...

by - abril 19, 2020

COMO AS CRIANÇAS PENSAM O MUNDO E O PAPEL DA ESCOLA NA CONSTRUÇÃO DE NOVOS CONHECIMENTOS

As crianças possuem uma natureza singular, que as caracteriza como seres que pensam o mundo de um jeito muito próprio.

Nas interações que estabelecem desde cedo com as pessoas que lhes são próximas e com o meio que as circunda, as crianças revelam seu esforço para compreender o mundo em que vivem, as relações contraditórias que presenciam e, por meio das brincadeiras, explicitam seus anseios e desejos de acordo com as condições de vida a que estão submetidas.

No processo de construção do conhecimento, as crianças utilizam as mais diferentes linguagens e exercem a capacidade que possuem de terem ideias e hipóteses originais sobre aquilo que buscam desvendar.

Nessa perspectiva, fica claro que elas constroem o conhecimento a partir das interações que estabelecem com as outras pessoas e com o meio em que vivem.

Este conhecimento não se constitui em cópia da realidade, mas sim, fruto de um intenso trabalho de criação, significação e ressignificação (RCNEI, MEC, 1999).


Elas aprendem, por exemplo, muito de matemática, sem que o adulto precise ensiná-las.

Descobrem coisas iguais e diferentes, organizam, classificam e criam conjuntos, estabelecem relações, observando os tamanhos das coisas, brincando com as formas, ocupando um espaço e, assim, vivendo acabam descobrindo a matemática.

A partir deste contexto, podemos destacar a importância da sala de aula na construção de novos conhecimentos


Para que as crianças construam sua própria aprendizagem, é necessário que se sintam participantes de um ambiente que tenha sentido para elas.

A sala de aula deve ser vista como uma oficina de trabalho de professores e crianças, podendo transformar-se num espaço estimulante, acolhedor, de trabalho sério, organizado e alegre”, afirma Luciana Fiel, professora do Curso a Distância CPT Desenvolvimento da Linguagem Matemática, em Livro+DVD e Curso Online.

Especialistas afirmam que o meio ambiente pode agilizar ou retardar o desenvolvimento do pensamento lógico-matemático (bem como de outros campos do conhecimento).

As crianças de culturas mais industrializadas geralmente desenvolvem-se mais rapidamente do que as de culturas menos industrializadas. Dentro de um mesmo País, as crianças de nível socioeconômico médio-alto desenvolvem-se mais rapidamente do que as de baixa renda, e as que vivem na cidade, mais rápido do que as de zonas rurais.

Enquanto vive em um meio sobre o qual pode agir, discutir, decidir, realizar avaliar com seu grupo, a criança adquire condições e vive situações favoráveis para a aprendizagem.

Dessa forma, a sala de aula deve ser marcada por um clima cooperativo e estimulante para o desenvolvimento das crianças, bem como deve fornecer a interação entre diferentes significados que eles apreenderão ou criarão, pelas propostas feitas e pelos desafios que vencerem. Para isso, é importante realizar as atividades com os grupos de trabalho, que, assim como os diferentes recursos didáticos, tornam-se indispensáveis.

Os erros fazem parte do processo de aprendizagem, devendo ser explorados e utilizados de maneira a gerar novos conhecimentos, novas investigações, num processo permanente de refinamento das ideias discutidas.


Neste ponto, é possível concluir que o ambiente proposto deve ser positivo, onde possibilite condições de encorajar as crianças a criar soluções, explorar possibilidades, levantar hipóteses, justificar seu raciocínio e validar suas próprias conclusões.

Alguns procedimentos de comunicação devem estar implícitos na organização do ambiente de trabalho com a classe.

A comunicação tem papel relevante na troca de experiências entre os envolvidos no processo de trabalho da classe, e define a situação que vai dar sentido às mensagens trocadas.

Ela não consiste apenas na transmissão de ideias e fatos, mas, principalmente no ato de oferecer novas formas de ver essas ideias, de pensar e relacionar as informações recebidas de modo a construir significados, a partir da exploração, investigação, descrição e representação de seus pensamentos e ações.

Considerando que os atos de representar, ouvir, falar, ler e escrever são competências básicas da comunicação, podemos concluir que a aprendizagem deve ter momentos para:


Ampliamos assim a possibilidade de significação para uma ideia surgida no contexto da classe quando variamos os processos e as formas de comunicação.

Quando é usada a ideia de uma criança, ocorre uma reação nas demais, firmando uma rede de interações e permitindo que diferentes inteligências se mobilizem durante a discussão.

E meio a isso tudo, destacamos o papel do professor, cujo trabalho é o de animar, manter a rede de conversas e coordenar ações, sendo o personagem que não está ali para resolver problemas e tomar decisões sozinho.

Ele precisa discernir, durante as atividades, quais são as novas possibilidades que podem abrir-se à classe, orientando e selecionando aquelas que favoreçam a aproximação das crianças dos objetivos traçados e da busca por novos conhecimentos.

Texto adaptado a partir de material produzido por Silvana Teixeira e publicado originalmente no portal de cursos do CPT (Centro de Produções Técnicas) - www.cpt.com.br.



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